Conclusão
A falta de feedback é uma avaliação má, e uma “avaliação má” só pode ser transformada numa “avaliação online má”.
No entanto, as exigências da nova geração de formando/alunos, especificamente os “nativos digitais”, não podem ser ignoradas. Sendo muito difícil recuperar ou receber feedback pessoal quando necessário, os “nativos digitais” utilizam extensivamente o feedback digital em tempo real através das redes sociais, o que pode nem sempre ser a fonte apropriada. Estas submergem o formando num ambiente consumista, em que as recompensas se tornam viciantes e podem alterar o comportamento social ou de aprendizagem, excluindo completamente o professor nesse processo. Os efeitos manipulativos dos jogos poderiam ser usados mais frequentemente de forma positiva na formação profissional, criando compromisso e motivação para a aprendizagem.
O futuro da avaliação online na formação profissional deve ir além do status quo e incluir feedback profissional mais orientado para o desenvolvimento de potencial ou de soluções, a fim de aumentar a autoconsciência e as competências profissionais (“saber como”, “saber porquê”). Torna-se necessário desenvolver ferramentas específicas e conceitos didáticos clássicos, como a “mudança do ensino para a aprendizagem” (vgl. WILDT, 2004), a “aprendizagem baseada em problemas” (vgl. ZUMBACH, 2003) e a “formação cognitiva” (vgl. MANDEL, GRUBER & RENKEL, 1994; MANDL & KRAUSE, 2002), devem ser revistos para encontrar mais evidências sobre a importância da inclusão do feedback. Entretanto, as ferramentas onlinepodem apoiar procedimentos de avaliação híbridos, mas não podem substituir completamente um processo de avaliação autêntico.
*Ryan, R. M., and Deci, E. L. (2000). Intrinsic and extrinsic motivations: classic definitions and new directions. Contemp. Educ. Psychol.25, 54–67 / pp. 56
Barto, A., and Simsek, O. (2005). Intrinsic motivation for reinforcement learning systems. In Proceedings of the Thirteenth YaleWorkshop on Adaptive and Learning Systems, New Haven, CT, Yale University.